O INP é tutelado pelo Ministério que superintende a área de mineração e energia, portanto somos a entidade reguladora, responsável pela administração e promoção das operações petrolíferas em Moçambique.
Criado através do Decreto n.º 25/2004, de 20 de Agosto, o INP surge da necessidade de se imprimir uma nova dinâmica às actividades de pesquisa de hidrocarbonetos no país, como resultado do interesse mostrado por diversas companhias petrolíferas internacionais que pretendiam operar no território nacional.
Refira-se que as primeiras iniciativas de pesquisa de petróleo em Moçambique iniciaram 1904, tendo a primeira descoberta de gás natural sido efectuada pela Gulf Oil, em 1962 em Pande. Desde então, esforços foram envidados no sentido de incentivar a pesquisa e exploração do hidrocarboneto.
No início das pesquisas, o Estado moçambicano contou com a parceria da ex-União Soviética, que prestou apoio ao sector de pesquisas de hidrocarbonetos através do envolvimento de técnicos e empresas soviéticas na execução do levantamento sísmico em Pande bem como na perfuração.
Após a independência, a actividade de pesquisa de hidrocarbonetos foi revitalizada através da criação da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) em 1981 e pela criação da Secretaria de Estado para Carvão e Hidrocarbonetos, cujas actividades se alicerçavam à luz da Lei n.º 3/81, de 21 de Fevereiro. Posteriormente, a Secretaria de Estado para Carvão e Hidrocarbonetos passou a designar-se Direcção Nacional de Carvão e Hidrocarbonetos (DNCH).
Com o objectivo de promover as áreas de pesquisa de hidrocarbonetos em Moçambique e atrair investimento estrangeiro, o Governo lançou o primeiro concurso público para a concessão de áreas de pesquisa em 1984 e assinou um Memorando de Entendimento com a Enron, em 1985, tendo então conseguido um financiamento do Banco Mundial e do Reino da Noruega.
Nos anos noventa, o Governo moçambicano assinou Contratos de Partilha de Produção (PSA), criando assim as bases para a pesquisa moderna e sistémica de hidrocarbonetos, acompanhado de uma avaliação técnica. No entanto, muitos desses contratos deixaram de vigorar, como resultado de vários factores, dentre os quais, o baixo preço do petróleo no mercado internacional, aliado aos maus resultados das primeiras pesquisas, que resultaram em furos secos, agravado pelo facto dos custos para pesquisa e produção de hidrocarbonetos serem elevadíssimos.
No ano 2000, o Governo de Moçambique, a ENH, e a Sasol assinaram um Contrato do Gasoduto, o EPCC e o Contrato de Partilha de Produção, marcando uma nova era para Moçambique. Concordou-se em desenvolver os campos de gás de Pande e Temane unificado bem como a implantação de um gasoduto para o transporte de gás dos campos de produção para abastecimento dos mercados em Moçambique e na República da África do Sul. Este Contrato concedeu à Sasol o direito de pesquisar hidrocarbonetos nas áreas restantes ao redor dos campos acima referidos.
O Gasoduto, com oitocentos e sessenta e cinco quilómetros de extensão, é a principal infra-estrutura de escoamento do gás natural dos campos de produção. Ao longo do mesmo, existem cinco pontos de toma, dois dos quais já estão em utilização, nomeadamente ponto de Temane, que produz energia eléctrica para o Distrito de Inhassoro, Vilanculos e Arquipélago de Bazaruto e ponto de Ressano Garcia que abastece o gasoduto da Matola, que por sua vez alimenta o Parque Industrial da Matola e Machava.
Nos anos subsequentes outras áreas foram concessionadas por via de concursos públicos, a realçar o 3º concurso público, que adjudicou as áreas 1&4 da Bacia do Rovuma, onde foram descobertas quantidades significativas de gás natural que colocou Moçambique na rota dos países com as maiores reservas de gás do mundo.
Regulando os Recursos Petrolíferos do País Rumo à Eficiência e Sustentabilidade Energética!
Assegurar que as operações petrolíferas são realizadas em conformidade com as leis, regulamentos e as melhores práticas internacionais, com especial ênfase na gestão optimizada dos recursos e a observância aos aspectos de saúde, segurança e protecção do ambiente.
Primamos pela:
Isenção;
Profissionalismo;
Responsabilidade;
Trabalho em equipa;
Criatividade e pelo
Respeito Mútuo.
O INP é uma pessoa colectiva de direito público, dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Portanto, no âmbito do exercício das suas atribuições, o INP precisa de dispôr de facilidades em termos de infraestruturas. É nesse contexto que se construiu o Armazém de Carotes, na Cidade de Maputo, Bairro do Zimpeto, Av. de Moçambique.
Este Armazém é um repositório e centro de estudo por excelência, onde estão depositadas várias amostras ligadas à actividade de pesquisa e produção de hidrocarbonetos do país. Portanto, este armazém possui amostras de mais de 100 furos, de um total de 247, executados desde 1950, quando iniciaram as actividades de pesquisa e produção de recursos petrolíferos em Moçambique.
Com recurso a um equipamento com tecnologia de ponta, todo este material é rigorosamente seleccionado e tratado por técnicos especializados do INP.
O INP é tutelado pelo Ministério que superintende a área de mineração e energia, portanto somos a entidade reguladora, responsável pela administração e promoção das operações petrolíferas em Moçambique.
Desde a sua criação, a instituição tem enfrentando vários desafios, o primeiro deles foi sem dúvidas reduzir a distância entre os utentes e os serviços por esta oferecidos de modo a responder eficazmente as exigências do sector.
Como é sabido, as maiores quantidades de recursos petrolíferos, alguma vez descobertos no país, foi ao largo da Costa da Província nortenha de Cabo Delgado. Foi precisamente nesta senda que decidimos abrir uma Delegação Provincial naquele ponto do país, facto que tem conferido maior mobilidade e acessibilidade de prestação de serviços a nível da região norte.
Na sequência do 2º concurso público para a concessão de áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos, às companhias Anadarko Mozambique Area 1 e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, foi-lhes adjudicada a Área 1 em ambiente offshore da Bacia do Rovuma. A referida Área encontra-se localizada na parte norte da Província de Cabo Delgado, em águas rasas à muito profunda. O Contrato de Concessão de áreas para Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos (CCPP) foi assinado a 20 de Dezembro de 2006 e com a data efectiva a partir de 1 de Fevereiro de 2007.
Estimativa mediana de 43 tcf (triliões de pés cúbicos) de gás.
4 Reservatórios Transzonais:
Estimativa mediana de 3,4 (triliões de pés cúbicos) Tcf de gás natural.
Estimativa mediana de 8,4 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural
Os Reservatórios do são do Paleoceno.
Área de Descoberta Tubarão Tigre (1254 km2), tem 3 reservatórios do Cretáceo (K1,K2 e K3), sendo o K2 o melhor em Orca e Tubarão-Tigre e possui uma estimativa mediana de 0.323 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural.
A avaliação técnica completa do potencial do Cretáceo na Área 1, ente as Áreas de Descoberta Tubarão Tigre e Orca, determinou que contém reservatórios pequenos, descontínuos e de baixa qualidade, e isso provavelmente apresentaria desafios significativos no fornecimento de quantidades comercias de gás. Dos três reservatórios de Cretáceo (K1,K2 e K3) avaliados, o melhor é o K2 em Orca e Tubarão-Tigre que possui recurso médio de 0.323 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural.
Esta descoberta foi feita na Área 1 pela Anadarko em 2013 através furo Orca-1, cujo reservatório é de idade do Paleoceno Médio, tendo sido subsequentemente avaliada através dos furos Manta-1, Orca-2, Orca-3 e Orca-4.
A descoberta localiza-se a cerca de 10 Km da linha da costa, 250 Km da cidade de Pemba. Este reservatório é de idade do Paleoceno Médio e não é partilhado. A estimativa média dos recursos é de cerca de 8.4 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural in situ, segundo estimativas submetidas pela Total.
O reservatório na descoberta Orca encontra-se a profundidades que variam de 4000 à 5000m abaixo do nível médio do mar, e a coluna de água de cerca de 600m à 1200m. A extensão é de cerca de 30 Km.
Esta descoberta foi feita pela Anadarko em Janeiro de 2011 através do furo Tubarão-1 e avaliada pelo furo Tubarão-2 (negativo) em 2013. A descoberta localiza-se a cerca de 25 Km da linha de costa, 50 Km do Nordeste do distrito da Mocímboa da Praia e 200 Km do Nordeste da Cidade de Pemba.
O reservatório encontra-se completamente na Área 1. A estimativa média dos recursos é de cerca de 3,4 tcf (triliões de pés cúbicos) de gás in situ.
O reservatório encontra-se a uma profundidade de 3500 a 4000 metros abaixo do nível médio das águas do mar. A coluna de água varia entre 800 e 1200 metros. A extensão da descoberta Tubarão é de cerca de 20 Km orientado de Oeste à Este.